quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Bússola.

Ela nordeste, ele norte. E essa palavra nunca havia feito tanto sentido quanto agora, norte! Afinal, ele se transformou no norte que ela precisa, na direção, o caminho. Antes dele, tudo havia perdido o sentido, o gosto, o prazer. 
Antes dele não havia nada. 
Antes dele ela não queria mais ninguém. 
Mas ele chegou de fininho, quando ela não queria ninguém. Ele devolveu tudo aquilo que um dia ela sentiu, o coração voltou a acelerar quando o celular toca, o som de mensagem chegando nunca foi tão esperado. A duvida voltou a surgir, as escolhas tiveram que ser feitas, as prioridades foram determinadas. E ela só queria tê-lo por perto, só queria poder sentir o seu perfume, o seu toque, queria ter o beijo. Havia tantos planos para a vida dela, tantas formas de se acostumar a ser sozinha. E ele mudou tudo. Parece ser diferente de todos os outros, ele trouxe de volta a alegria no coração, alegria que ela nunca mais havia sentido.  
As coisas antes vividas ficaram no passado, não a atormentam mais. Ela sabe das coisas mais belas e simples: Sabe que ele olha pra mesma lua que ela, sabe que sente saudades.
Ele trouxe a vontade de ser amada outra vez, ele trouxe pra ela a vontade de amar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sinto falta.


O tempo vai passando e eu vou vendo como você foi especial na minha vida. Ele as vezes serve para curar dores, mas da mesma forma há momentos em que o tempo só faz aumentá-las. Eu sinto tanto a sua falta, sinto tanto a sua ausência no meu cotidiano, nas minhas manhãs colegiais. Sinto falta do seu abraço, das nossas cartinhas, do nosso jeito próprio de falar, dos olhares secretos, apelidos colocados, conselhos amorosos, desabafos, segredos, fofocas e tanta reciprocidade. Foram anos e anos, só eu e você. Me pego relendo nossas cartas e bilhetinhos trocados, olhando nossas fotos e lembrando de mim, dessa forma eu também lembrava de você, lembrava da gente. Não existe um só momento da minha vida que você não tenha participado, não tem um sorriso meu que você não tenha sorrido junto, nem uma lágrima que você também não tenha chorado. Eu queria voltar no tempo e reviver tudo isso, com muito mais intensidade do que eu já vivi um dia; Queria voltar no tempo e te dar mais um abraço, passar mais tempo na sua casa, ensaiar mais, rir mais, gritar mais, fofocar mais, tudo mais, muito mais. Queria voltar e dizer pra você, te olhando no olho, que eu te amo! E te agradecer, amiga-irmã, por ser tão especial para mim.

Obrigada por você existir, amiga.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Assim.

E de repente descubro que não te amo mais.

Assim inexplicável, da mesma forma que começou.

E todo aquele medo de não conseguir amar de novo, e toda aquela dependência que eu tinha de você foi embora sem nem dizer adeus.

Eu só precisei de tempo para enxergar tudo isso, só precisei acreditar que ia dar tudo certo.
E se eu acreditei em todas as suas mentiras, não seria difícil acreditar no meu próprio bem. Desisti de achar que você era insubstituível, afinal você não é, nunca foi. Descobri que só se cura um amor com outro, me permiti amar outra vez, e vou amar quantas vezes forem preciso, até encontrar o meu pra sempre. Que definitivamente não é você. Não espero mais sua ligação, meu coração não acelera quando te vejo, não busco por noticias suas, nem quero que você saiba de mim, não quero te encontrar, não quero ser relacionada ao seu nome. 
Na verdade eu nem sei o que você é, não mais. Agora que me libertei da única coisa que me prendia a você eu posso viver livre, se bem que não se trata nem de viver livremente, e sim, de finalmente viver.

E como diria Caio: '(...) e a gente esquece sabendo que está esquecendo.'


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conjugado no passado.


Sozinha, frágil. Com vontade de chorar, por tudo que houve, pelo que aconteceu, pelas coisas que ameaçaram ser mais não foram, pelo coração partido, confiança quebrada, pelo amor rejeitado. Tudo tão imediato, que se analisar a agilidade não se acredita na intensidade. Cabeça cheia, coração vazio. Só angustia, incerteza e lágrimas querendo cair. Ignoro todo e qualquer sentimento que queira aparecer, eu tenho medo. Medo de não saber como agir, medo de não ter força para reagir. Que vergonha de sentir isso, que vergonha por me deixar ser insegura. Ninguém devia ter o poder de fazer outra pessoa se sentir assim, repito: ninguém! Parece que tudo acabou, que aquela coisa bonita nunca existiu, o hoje está tão cheio de ressentimentos, de rancor, de mágoa. E o amanhã talvez nem exista, talvez tudo tenha se perdido em minutos, rápido, como tudo sempre foi. Abraço o travesseiro e imagino que é ele, sim, ele... Porque ele sempre me protegeu, sempre acreditou em mim, e me fez acreditar. Assim mesmo, conjugado no passado, afinal, eu acho que é lá onde tudo isso ficou. E me dói tanto pensar no fim de algo que nem começou. Tão prematuro, tão cedo, precipitado. 

Eu te amo com um amor que não acaba, que resiste, que perdoa, que esquece, que anima, que aquece, que se faz forte e feliz, e por mais contraditório que seja, um amor que machuca, que seca, que amolece, que duvida.

Eu te amo com um amor que me faz sentir viva.

domingo, 5 de setembro de 2010

E se...

E se a distancia não existisse?
E se o amor fosse maior que tudo?
E se querer fosse poder?
E se todos nossos sonhos se realizassem?
E se só existesse eu e você?
E se não houvesse barreiras?


Já ouvi muito dizer: " Não são as respostas que movem o mundo, e sim as perguntas".
Não sei até que ponto concordo com essa afirmação. Acredito que as respostas para essas perguntas moveriam o meu mundo, aliás, você me move.
Você que me aconselha, que me protege, que me ama, que me entende, me aceita e me consola.
Você que eu amo.
Já é tarde para pensar nas marcas que ficam, é tarde para entender o que é não ter você. É cedo para deixar isso tudo para trás. É cedo para dizer que é impossível.


E se tudo isso virasse realidade?