escrevi para que você lesse.
Não posso tirar de mim essa fuga que vem da escrita,
esse jeito de te falar sem mostrar minha cara.
Eu ainda sou a mesma, não me meça com outras medidas,
com suas próprias medidas.
Ainda sou a boba de sempre.
A que ama olhar nos olhos, mas morre de vergonha de ser encarada.
Se tudo pudesse ser diferente, se não houvesse empecilho.
Se ainda pudéssemos ficar juntos.
Tantas dependências.
Tanta coisa não estava nas minhas mãos que desisti de pensar no se.
E comecei a pensar em mim.