Eu reconheço o amor por muita coisa, a maioria delas, nova para mim. Mas é fácil ver ele em você.

Não sei dizer o quanto te amo mas isso não importa para mim, e não deveria importar para você também. Com quase seis meses do fim e tantos quase, o que tem importado é toda dose de perdão, cumplicidade, química e um pouco de loucura imprevisível, intima e injustificável. Somos nós.

Te ofereo tanto de mim, porque você sempre me aceitou como sou, apesar de me afastar pelos meus defeitos. Te dou meus acertos acidentais como mérito do que nós somos. Perdemos nosso tempo discutindo o óbvio, nos testando em culpabilidades ridículas. Mas para mim, sempre foi sobre guardar de formar plena tudo que nós temos: sobre nós, para nós, a partir de nós.

Cheguei num ponto que é impossível reconhecer minhas virtudes pessoais sem pensar que tu também foi responsável por desenvolvê-las. Somos o mesmo, expressado de forma diferente com uma dose extra de resistência tua.

Só posso te dizer, que o pouco que resta da Taty sem a tinta da personalidade do golpinho, do teu toque tão macio, do teu jeito de se movimentar, do tom doce da tua voz quando me mima, ou da facilidade que me desatina, desse pouco, muito pouco que não tem tu, eu sou eternamente e perdidamente apaixonada por você.

E é por isso, vidoca, que eu consigo me conservar tua, porque o amor que existe na nossa mistura me traz a serenidade, mas eu não consigo viver sem a insanidade irrefreável que é estar apaixonada por tu.

Carta ao meu geminiano.

 No título eu já começo errando, geminiano não é de ninguém. Tu é teu. Teu e de toda essa sede de viver livre e independente.

Ao mesmo tempo, estar cercado dividindo a vida é tão tu. Que sempre tem uma história pra contar ou ouvir, com sua atenção própria de quem vive o momento. 

Irritantemente adorável, erra a mão na complicação. Mas eu duvido que exista alguém que consiga te dizer não. Racionaliza tudo, é que já teve paixão platônica demais para isso. Repete que isso é coisa de adolescente e que ficou para trás, até se convencer que o amor é demais e que não é capaz.

Um signo de ar, mutável. E como muda. Hoje quer, amanhã não quer mais. Até querer de novo. Usa toda sua sedução, discrição, mistério e sarcasmo para conseguir o que quer. E ah, não falta fé. Fé que tudo se constrói ou repara, tu é o próprio poço de coragem. Tu se transforma quantas vezes forem necessárias, tu é seu próprio caminho e destino, e mesmo que se perca, não perde a cabeça. E nem fale de rotina perto de você, não tente controlar, não exija, você some diante dos olhos. Tu é a própria novidade. Doce inovação.

Quando você não sufoca, não é falta de amor. É que tu da o que espera receber: amor em atitudes e respeito. Mas ninguém devia se preocupar, você não vai deixar faltar conversa, apoio e incentivo. Vai ser pau pra toda obra e no improviso. A sua lábia vai fazer qualquer um fazer qualquer coisa.

Tu é pura música, alegria e arte. Não a toa tua vida tem tanta tinta, espalhando cheiro e cor de uma nova brisa, - ou seria frisa?

Hoje é teu dia, então: 

Que você tenha as cores que mais te agradam. 

A luz que mais te acalma. 

A paz que mais deseja. 

A saúde que mais sustente. 

A sabedoria que não cesse. 

O dinheiro que sempre renda. 

O amor que nunca acabe, e que tu ainda não sabe, mas merece demais.

Você tá cada vez mais buscando seu lugar no mundo. Enquanto não encontra, ou se encontra, faz cada minuto valer a pena. Na intensidade que é só sua, é uma delícia te ver vivendo.

Feliz vida. Feliz mais uma volta ao sol. Feliz mais um ano nesse tempo, que de tempos em tempos, me lembra que é todo teu.

Hoje é teu dia, na verdade, todos os dias são.

Te amo.