Tenho um apreço todo especial por borboletas, são tão livres, leves, espalham beleza.
Mas as aprecio principalmente por seu sentido de evolução.
A borboleta nos ensina a mudar de estágio, de fase, uma mudança de vida que dura pouco mais de um minuto, a tão esperada saída do casulo.
Hoje eu as senti no estômago, e isso talvez seja um convite a uma nova fase.
Uma fase sem receios, sem medos. Uma fase de entrega. De dar novo sentido.
Eu nunca havia entendido essa afirmação que usam para descrever emoção. Até agora.
Foi estranho, foi como quebrar em mil pedaços e juntá-los em segundos.Um colapso sentimental.
A ordem é não ficar parada, dar o passo adiante. Sair do casulo, bater asas.
Voar para longe, mirar o alto e seguir um outro e novo caminho.
Mas a borboleta insiste em não se mostrar, não quer cumprir ordens.
Ela quer ficar ali, guardada, no seu ambiente tido como seguro.
Mas o que é mesmo segurança? Há tanto tempo não se sente assim.
Entender as borboletas, é aceitar o fato de que precisará dar algumas respostas sem nem tê-las formado ainda, e isso dá medo.
Acho que posso me acostumar com a presença delas mesmo sem entender.