É desse meu jeito maluco de ser segura, dessa pseudo-frieza que se instala.
Da barreira de "estou bem sozinha", dos cansaços das desilusões, da recusa ao novo, dos olhares não correspondidos, das chances ofertadas talvez desperdiçadas.
De se jogar na balada, de dançar até criar calos e não querer ninguém, e evitar qualquer tipo de aproximação, para que não te machuquem, para que não os machuque, porque naquele momento não é boa companhia.
Mas de fato estou bem sozinha, se é que alguém consegue definir o que é estar bem. O que há de certo, é que não há muita coisa que me tire o chão, que me desestabilize. Acho que, após quase quatro anos de solteirisse, aprendi a valorizar o estar sozinha, a me valorizar. Só não sei -ainda- diferenciar os que vão ficar, dos que vão partir, então evito.
Falo de evitar o sofrimento, e no final sofrer.
Mas é no final também, depois de todo sofrimento que se volta a tentar. E redescobrir o valor de cada sorriso, de cada tentativa, e chorar de tristeza por tanta magoa, mas sorrir de cada bobagem que fez. Sente o valor de todas borboletas no estômago, da ansiedade das ligações, do sms inesperado, do beijo roubado.
De andar de mãos dadas, ah... andar de mãos dadas.
Sente falta do amor, só do amor.