quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Você outra vez.

Mais uma vez estou ouvindo a playlist que me faz lembrar você.
E mais uma vez eu queria que nenhuma dessas músicas tocassem, que me fizessem pensar em você,
porque essa lembrança de alguma forma me faz enxergar que você não está mais aqui.
Que não adianta olhar pro celular porque ele não vai tocar, não adiantar olhar para o fim da rua esperando que você dobre a esquina.
Não adianta continuar esperando notícias suas. Não adianta nada, cada vez tenho mais certeza disso.

E adianta muito menos negar.

Negar que lembro de você com constância, que eu não me conformei, que eu te espero em cada batida do meu coração, que sua partida é algo que não se explica ainda que eu entenda.
Eu não consigo aceitar não te ter comigo, está difícil demais olhar para trás e ver tudo que vivi sem você.

Entre todos altos e baixos, se aproximam os oito anos desde sua partida, oito anos. Hoje, sinto como se tivesse parado no tempo, minha fase atual está no baixo. Os meses que sempre foram festivos, se tornaram enlutados, as comemorações perderam o sentido se no final de tudo eu não te vejo. Meu coração guarda seu lugar, porque você deixou um coração que sofre, que anseia te encontrar eternamente.
Preciso de você junto de mim, entende? Preciso da sua força, preciso ser forte com você, e hoje não sei fazer isso. Não, hoje não. Talvez amanhã.


Mas o talvez é incerto, assim como a minha vontade de acabar com tanta espera.
Porque eu não queria estar escrevendo isso agora, não é meu desejo. Eu não queria nunca ter escrito nada para você. Mas a noite traz memórias do passado, me traz você.

Eu sei, o plano era ficar tudo bem. Eu sei, eu lembro. Mas hoje eu não consigo.
Me desculpa, mas por hoje não. Hoje eu quero continuar olhando para o céu, imaginando que você também vai fazer o mesmo e que, por uma fração de segundos, nossos olhares vão se cruzar.

Só então, eu vou adormecer. Procurando em cada noite um motivo para acordar amanhã.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Pseudo-egocentrismo.

Nem se você quisesse, conseguiria imaginar quantas noites perdi procurando um motivo para que não tenha dado certo.
Você não iria conseguir quantificar o tempo que aluguei os ouvidos das amigas, quantas horas no celular, quantas rodas de conversa, quantos sonhos, quantas insônias.
Não seria capaz de recuperar tanto tempo - e esforço - perdido.

Procurei tantos erros, busquei em mim tantas formas e respostas, abri mão da razão e me joguei no meu interior em busca de algo que justificasse.
E então, eu com essa mania de pseudo-egocentrismo concentrei todas as falhas em mim, esquecendo que tudo era apenas uma questão de interesse. O seu interesse.
Mas isso era nítido, não havia algum.

Não havia vestígio de uma necessidade de explicar atitudes tão infantis, tão imaturas, tão distintas. Não havia nenhum sinal da justificativa de ter agido tão diferente, de ter sido tão oposto do que tu eras.

Não havia nenhum sinal seu. Nem de fumaça, bilhete, carta, email, ligação, sms, whatsapp, nem muito menos um mísero sinal de que queria que fosse diferente. Porque podia ter sido. Mas não foi.

Em meio a isso, o que menos faz sentido de tudo, é sua falsa consciência pesada ao encontrar meus amigos. Recados de intenções duvidosas não compensam.

Mas compensar não significa que eu não vá pensar. Porque a cabeça sabe o que é certo, mas meu coração é bobo, meu bem. E desde que tive notícias suas não parei de justificar os motivos inaceitáveis que você poderia me dar.

E mais uma vez eu escrevi para você, mesmo sabendo que isso não faz o menor sentido.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Não passa de um ogro.

E quando eu deixei de procurar, a resposta apareceu.

É que era tão óbvia que eu resistia em cogitar, em pensar que era tão desatualizado, pensar que tanto trabalho era em vão, que dentro do homem que eu imaginava conhecer tinha um menino infantilizado.

Ao mesmo tempo, me sinto lisonjeada. Sim, lisonjeada. Na minha estante só existem bonecas, logo você deve ter me associado a uma para querer me deixar na sua.

Você só esqueceu que ainda que imóvel, impossibilitada de sair dali, bonecas são sensíveis, dóceis e delicadas, logo merecem alguém tal como ela.

Então me permita ser assim;
A boneca saiu da sua estante, Shrek.




sábado, 27 de outubro de 2012

Ponto-e-vírgula

Nunca gostei do inacabado, das histórias sem fim, da ausência do ponto final.

Ficar presa ao passado não é nada saudável. Encontrar no trabalho, na esquina ou no bate-papo um alguém que já foi seu e de repente deixou de ser, traz a sensação nada agradável de nostalgia.

E o problema não está na nostalgia, porque quando há histórias resolvidas, quando de fato o ciclo foi fechado é tão bom lembrar.
Mas assim não, assim fica um vazio. Assim fica faltando algo, ausência de gestos e palavras, de algo que mostrasse que tudo aquilo não existe mais. Mostrasse que acabou e o porquê de ter acabado.

E não assim. Sem esse pedaço seu em mim. Sem as situações tão nossas. Sem nossa alegria, sem nossas brigas.

Não que seja presente, que acabe logo e vire passado. Mas sem postergar, sem essa tortura de busca inacabável de motivos, de justificativas. Não com essa mania de colocar a culpa só em mim.

Talvez um ponto-e-vírgula, mas nunca mais essa sensação de reticências...







segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cuidado comigo.

Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. 
Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. 
É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. 
Não por você, por outros como você. 
Pra ele, me guardo. 

Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. 

Cuidado, comigo: um dia encontro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Outra noite.

Já está tarde, e mais uma vez adentra a madrugada cheia de questionamentos.
Dessa vez nada de barulho lá fora, o som que incomoda é o de dentro.

Sente sono, o corpo tá cansado. A mente também. E ainda assim não consegue dormir. Os olhos lacrimejam e então agradece por não ser lágrimas de choro.
Minuto após minuto tentando entender, buscando respostas onde só encontra mais perguntas.
Agora a cabeça também dói, só não mais que o coração.

E então se convence que é só mais uma noite, que logo passa. Tem que passar.

Foi só mais um.



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Colo.

Diferente de tudo que é supervalorizado no tempo atual,  indo contra a tudo que propagam, a todas as composições musicais, por hoje, eu só queria colo.

Queria alguém em que eu pudesse apoiar e descansar.
Sem questionamentos.
Sem respostas.
Sem cobranças.
Sem pensamentos.
Sem você a todo instante na minha cabeça.

Só o silêncio e a segurança, um lugar para ir e repousar.
Alguém que alisasse meus cabelos e tocasse minhas mãos, mudo.

Só me deixando ser eu, assim, menina-tola com os pés fora do chão.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Príncipe.

Acho que no fundo eu nunca deixei de ser a criança que acreditava em contos de fadas e no príncipe encantado.
Acho que no fundo, quase que escondido, isso de "príncipes não existem" é só proteção mesmo, coisa que a sociedade impõe.
Porque muito mais fundo, está o meu medo, um medo quase inconsciente.
Medo que cai por terra com cada poema de amor, dos mais clichês e trágicos como Shakespeare até os mais contemporâneos como Caio Fernando, com filmes de amores-quase-impossíveis, com músicas românticas que fazem sentido, com a melodia da marcha nupcial.
Não espero longas tranças, a maçã envenenada, a carruagem, castelos, o sapato de cristal, anões, xícaras falantes, feitiços e até madrastas más.
Mas aguardo as juras de amor incondicional, as serenatas, abrir e fechar de porta, carinho nos cabelos, andar de mãos dadas, puxar cadeira, beijo na testa. Porque tudo isso existe de fato. As pessoas que fizeram com que sumissem do cotidiano, as pessoas que deixaram de ser nobres príncipes e princesas porque cansaram de esperar, e ainda assim anseiam que um dia sejam tratadas como tal.

Mas eu, eu não. Eu não canso.

Eu espero um príncipe, ainda que com seus defeitos, sem cabelos louros e olhos azuis como os dos contos. Com seu hálito matinal e sem espadas. Pode roncar, roer unhas e sem armadura. Pode vir como quiser, eu pulo a parte do cavalo branco. Peço apenas que seja um bom filho, que goste de crianças e que não tenha medo de se apaixonar. Peço que suas qualidades sejam maior que sua lista de amores de uma noite. Tenho tantos versos e músicas para dedicar a você.

Mas eu alerto, ainda que acredite em príncipes e princesas, não espere que eu seja submissa e cheia de falsa modéstia, que esteja o tempo inteiro aguardando você para me salvar, algumas vezes saberei me defender sozinha. Não deseje que enquanto espero nosso encontro eu esteja dormindo para ser acordada por seu beijo. Não espere alguém artificial e impecável o tempo inteiro, meu humor oscila na TPM. Tenho qualidades quase que na mesma proporção que tenho defeitos.

Valorize a minha espera pois eu, eu sim, vou esperar o meu príncipe. Pois só por ser meu, ele já é encantado.

E por você, meu príncipe, eu espero sempre. Eu te encontro no "felizes para sempre".




“Os contos de fada são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: ‘era só um conto de fadas…’ E a gente sorri de si mesmo. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida.”
- Antoine de Saint-Exupéry 


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Esse sim.

Depois de tanto resistir resolvi escrever para você, mesmo passado tanto tempo.
Não, eu não guardo mágoas.
Não, eu não te quero mal.
Não, eu não te acho uma pessoa ruim.

Ah, mas sim... sim, você me magoou muito.
Sim, você me decepcionou.
Você me fez acreditar em você.
Você me fez achar que era possível.

Agora entende? Você tirou os meus pés do chão e então foi embora, e quando fui colocá-los de volta não tinha mais onde pisar.

Mas, ainda assim, você é especial. Porque de alguma forma você marcou, deixou sua cara nos jogos de futebol, na madrugada.

Não, eu não penso mais em você. Mas dessa vez sim, esse foi inteiramente para você.



Para contradição apenas:

"Às vezes, sinto falta, às vezes, acho que é um alívio estar longe."

domingo, 29 de julho de 2012

Era uma vez...

Sabe quando seu coração fica bem pequenino sem motivo nenhum aparente?
E então, você sabe que você não é assim, você não costuma se entristecer a toa. É nesse momento que você busca motivos para o óbvio: Entre despedidas, ausências e partidas, você lembra que há um vazio que nada nem ninguém preenche. Há um vazio que nessa data completa 7 anos e 7 meses.
As palavras somem, os olhos ficam cheios de lágrima. Você perde o chão. E começa a escrever.

Você não, eu. Porque eu falo de mim no dia de hoje, falo do Dani e da sua ausência.

Porque depois de tanto tempo, ainda parece que foi ontem. É tão recente. É tão incompleto. É tão sem brilho.

Sem o brilho dos seus olhos, sem o som da sua risada, sem suas piadas que eram o motivo das minhas, sem sua amizade. Sem você. Tão sem você, tão sem cor.

E sem você é tudo pela metade. Falta algo que ninguém me proporciona. Falta algo que eu só encontro quando me lanço em adoração, é quando me sinto mais perto de você.

É quando eu encontro aconchego, quando encontro seu carinho, sua irmandade, seu afeto. Quando me encontro em você.

Ainda sou tão humana, tão fraca, tão pequena para entender as grandezas dos nossos destinos. Sou tão pequena para aprender a ficar sem você, a entender que não posso ficar esperando que você ou eu, esteja em cada vitória ou derrota, minha ou sua. Sou tão pequena quanto o dia em que você me deixou. Sou tão pequena quanto a fração de segundos que tive para me despedir. Sou tão pequena quanto a quantidade de ar que respiro enquanto escrevo. Tão pequena quanto o momentâneo ânimo.

De grande, a saudade. E as recordações de momentos bons. E o tamanho do meu sorriso quando falo sobre você.  E a aceleração do meu coração quando fecho os olhos e te vejo. Mas grande, grande mesmo, só o meu amor por você.

Ainda que você tenha partido sem mim, ainda que as providências tenham nos afastado, eu sei que você está bem, povoando tantos outros jardins. O amor espera. O amor entende. O amor supera. O amor crê.

E eu acredito tanto.
Acredito que aquela batida na porta podia ter sido você, mas faz tanto tempo desde a sua ida. De repente, como num piscar de olhos tudo acabou. Ano após ano eu encontro sinais da sua partida.

Sete anos e sete meses e eu não pensei em nada que não fosse o desejo da sua presença. Não pensei em nada que não fosse uma forma de controlar esse sentimento, porque você já se foi.

Nunca haverá ninguém como você.

Para você, toda minha saudade e meu amor de sempre; Porque sim, eu sei que um dia vou te encontrar eternamente.


"Cada simples pensamento meu é uma medida
Que há tempos decidiu te amar sem reservas
Tudo o que tenho de valor, são as minhas memórias
Se elas partissem, eu partiria em dois"  

Ainda olho para o céu quando estou triste, ainda te enxergo nas estrelas, meu moranguinho.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Profissional.

Agora ficou mais fácil de entender, agora tudo faz sentido... eu descobri que você é um boboca profissional.

Você tem o hábito nada saudável de desperdiçar chances de ser feliz, de jogar fora pessoas que te querem bem.
Costuma fingir ser algo que não é, de se mostrar alguém bom, fingir ser verdadeiro e claro.

É profissional na arte de seduzir, de jogar com sentimentos, de ser uma farsa, de saber ser várias pessoas em um só. Sabe dissimular, se mostrar frágil.

Sabe também ser gentil, cavalheiro e atencioso, apenas para obter o que quer.
Só não sabe - ainda - que quem está perdendo é você.


Mas eu, eu sei bem... sei que nessa sua "profissão-boboca" não fui a primeira, fui apenas mais uma.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

(I)Maturidade

Fico pensando - e me divertindo - na capacidade que alguns homens possuem de se enxergarem mais espertos que o mundo inteiro, a prepotência é tanta que imaginam que são capazes de tudo sem ser descobertos, só não imaginam o quanto se passam por bobos, o quanto a maturidade passa longe de suas atitudes.
Faço parte do grupo de mulheres sensíveis, românticas, ansiosas e extremamente impulsivas... Mas nem a minha impulsividade me faz reagir diante de um homem boboca, é perder tempo!
É tão mais cômodo deixar as coisas como estão, assim, achando que não sabemos de nada, e no final, só manipulando o que eles podem ou não saber que sabemos, que sentimos, que fazemos e que queremos. Desse jeito assim, ignorando tudo que falam, partindo para outra deixando com que pense que um dia você se apaixonou por ele, pensando que nem desconfia que ele é uma criança insegura que não tem coragem de se entregar ao real sentir. Deixando ele achar que te fez de trouxa, deixando achar que ele ganhou.
Bobinho.
Até podia destruí-lo, há poder para isso. Mas não, porque o coração é bom demais para desejar o mal, lamento apenas pensar quantas poucas conseguirão passar ilesas por ele da forma como passei.
No final de tudo, estou só acumulando energia para usá-la apenas para o dia da inauguração da creche que fundarei para todos os meus ex-namorados.

Porque você, ah... você foi só mais um achando que meu coração era um picadeiro.



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para pensar.

Venho passado por um situação de, digamos, revolta.
Ando indignada com a importância que as pessoas dão a cuidar da vida dos outros. Inconformada com a falta de respeito, com a hipocrisia e falso moralismo.
Me irrita ver as pessoas criticando atitudes que só precisam de uma oportunidade para fazer igual; O julgamento sem base alguma, apenas com a intenção de denegrir a imagem do outro afim de se sobressair. Me irrita o desprezo com a forma de vida escolhida por alguns.

Sabe, se de repente cada um cuidasse de fazer igual a tantos outros, a viver sem reservas, assumindo a consequência de suas escolhas. Afinal, os benefícios e malefícios pertencem a quem os escolheu, não há motivo para sua preocupação.

No fundo, cabe a cada um escolher como deve e quer viver.
Abra mão dessa mentalidade pequena, tão apegada a mínimos valores. Seja livre.

Pare de me julgar e vá ser feliz, como eu sou!


terça-feira, 26 de junho de 2012

Sempre iguais.

E não adianta negar, me apaixonei.
Mas o bom é exatamente isso, ser paixão, logo se mostra passageira.
Não há motivo para fazer isso crescer, não há porque florir.
Apenas se confirmou o que ouço há tanto: "São todos iguais."

Só me irrita ter me enganado outra vez... Acho que as paixões deviam ser pedagógicas e nos ensinar a não errar outra vez, a não se deixar ferir, esse ciclo é tão desgastante.
Menina boba como sou, fico na espera... na espera de um pouquinho de você.

A hora ainda não chegou, eu sei. Vou saber ser paciente.
Só espero que as decepções sejam mais rapidamente superadas... e as expectativas, que elas nem sejam criadas.


domingo, 24 de junho de 2012

Entender.

Saber que nem todas as histórias são iguais,
o que um dia já funcionou pode não funcionar outra vez,
que sentimento não se controla, acontece;
Joguinhos nem sempre funcionam, desejo não é a base.
A demora possui seu valor, seja paciente.
Quando há muito produto a oferta é baixa, filtre suas escolhas.
Prazer é passageiro, opte pelo que te edifica.
Entender que não é porque calo que não sinto sua falta.
Enxergar, ou melhor, já posso ser suficientemente direta: -Enxergue!

Veja que isso é para você, note que eu estou apaixonada!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Sua.

Existem dias em que a solidão aperta, e então bate o cansaço, vem a vontade de fugir.
Se cansa dos joguinhos, das indiretas, das incertezas. Se cansa das suposições, das ausências.
Se cansa das desculpas, se cansa de justificar.
E nesses dias se pensa no seu valor, na validade de dar chance a tudo, de se entregar sem reservas, e no fim, as expectativas são suas, o apego é seu, como a dor será também só sua.

Porque temos medo de ficar sozinhos, porque nossa companhia parece não ser o bastante.

Então, há vontade... vontade de ser dois antes mesmo de nos completarmos como um.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Discordo.

Certa vez Caio disse:
"Ah, mas tudo bem. Em seguida todo mundo se acostuma. As pessoas esquecem umas das outra com tanta facilidade. Como é mesmo que minha mãe dizia? Quem não é visto não é lembrado. Longe dos olhos, longe do coração. Pois é."
Me dou o direito de, pela primeira vez, discordar dele. 
Ainda que longe dos olhos, o coração insiste em lembrar, desde o momento que acorda até o último pensamento do dia. 
Ainda que não o veja, a lembrança é constante, está espalhado por cada coisa que faço.
Me permita preferir a música que diz, me permita desejar que seja tal como ela: longe dos olhos e perto do coração.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fica?

Não vai embora, não sem que antes eu consiga te esquecer.
Não leva embora aquele seu jeito de me olhar, aquela maneira que você tinha de me fazer sentir viva.
Não leva embora os planos de um futuro pra nós.
Não leva embora tua forma única de me aquecer, deixa nossas partilhas, nossas conversas de horas.
Não leva embora uma relação pensada, centrada, com tanto respeito.
Não leva embora esse sentimento plantado, regado, cuidado com tanto zelo.
Não leva embora a confiança no outro, a entrega destemida.
Leva esse vazio, esse frio, leva o desconsolo.
E deixa, deixa minha coragem de tentar, a vontade de insistir, a chance de ser feliz sem reservas.

Deixa, deixa você aqui comigo.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Contrários.

Não é você. Eu sei disso.
Mas ainda assim, não é o suficiente para que eu pare de pensar em você, de te querer.
Todo lado racional, pensado, me indica que não da certo, que as diferenças são gritantes, que as chances de crescer são poucas.
O coração envia mensagem de que quer, de que acelera em ver seu nome, que dói demais te esquecer. Ele nega que não é você.

Mas eu sei...

Não é você, nunca foi!



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ponto Final.

Quer saber? Desisti, mesmo.
Desisti de você, de nós, de tudo.
E só vim te avisar.
Já não há mais espaço para tanta pergunta nem preocupação, eu preciso respirar.
Com seu consentimento ou não,
já não importa mais.
A escolha não é sua de quando pode ir ou vir, não fico em estantes te esperando vir me buscar.
Se não me faz bem, é totalmente dispensável. Não dá, não dá mais.
É quase que um último suspiro.

Eu escolho quem sai e quem fica na minha vida. E você?
Você está fora!


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tradução.

E de repente, todos os conselhos que dei perdem o sentido, tudo que disse ser bobagem vira essência.
Em cada frase ou gesto vejo pistas, enxergo sinais, que na verdade nem existem.
Apenas para que, inconscientemente, criasse justificativas para o que aconteceu, para esquecer o que fez.
Me nego a apagar nossas músicas, a não olhar nossas fotos, fico pensando em como ficamos bem juntos. Para assim, te manter dentro de mim, conservar a esperança.
Para que assim, eu continue te esperando,
continue esperando a sua chegada.

'Aonde está você agora além de aqui, dentro de mim?'

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Avesso.

Não vou ficar tentando te convencer do seu sentimento,
A mim, soa como prepotência;
Se você mesmo o nega, não sou eu que vou acreditar, nem lutar por isso.

Não posso exigir o que não quer dar,
Não se pode obrigar o amor.

Porém, nada me impede de pensar que as pessoas são diferentes e ninguém pode pagar pelo erro do outro, o medo não nos leva para frente.

Por medo de não ser amado, você deixa de amar.

Por não negar sentimento, por me aventurar,
por tudo isso, que assim como foi para você agora é para mim:
Eu não preciso sentir mais nenhuma dor, eis a hora do fim.

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida..."
(Soren Kiekegaard)


sexta-feira, 13 de abril de 2012


“Eles se amam, todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo, outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. 
Ela quer atitudes, ele quer ela. 
Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. 
E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. 
É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. 
E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. 
E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Postergar.


Eu só queria que você me passasse um pouco de segurança, eu só queria que o que você dizia sentir fosse equivalente à como você agia. Queria coerência.
Parei de acreditar nas suas palavras já que suas atitudes não as honram. 
Acabei com todo e qualquer vinculo, até uma atitude ser tomada.
Nunca imaginei que você fosse me representar algum tipo de sofrimento, eu tentei continuar,
porém parei, 
parei porque é melhor sofrer agora à ter que postergar essa dor.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Manual.

As vezes me pego pensando em como tudo seria mais simples se existisse um manual, algo que diferenciasse os que querem, dos que não querem.
Os que fingem, dos que sentem.
Os que são de verdade, dos que são de mentira.
Os que valem a pena e os de dar pena.
Os culpados, dos que fazem com que nos sintamos assim.
Diferenciar o eterno dos passageiros.

Algo que fizesse com que o sofrimento fosse evitado, a mágoa não perturbasse, a cicatriz não existisse. Algo que fizesse com que pudéssemos encarar com leveza os amores rápidos, que fizesse com aproveitássemos as paixões momentâneas, sem cobranças ou agitações.
Algo que nos deixasse livres.

Mas então, tudo perderia a graça. As entregas não seriam tão espontâneas, os amores não seriam mais tão eternos, as paixões não seriam arrebatadoras, deixaríamos de viver tantos momentos bons.

E pior, os aprendizados não existiriam.

O que vale mesmo é dar a cara para bater, e entender que não se podem fazer planos quando se há sentimentos.
Descobrir que mesmo quando se perde, ganha.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Trocas.

Ouvi isso várias vezes: 
"Sempre temos que perder para ganhar, a vida é feita de trocas."
Só não entendo bem como se encaixa nos relacionamentos, 
como se encaixa entre nós dois. 
Porque eu ainda não consegui entender 
o que vou ganhar se eu te perder.



quinta-feira, 22 de março de 2012

Vácuo.

Eu saberia respeitar se você quisesse um tempo, eu te deixaria respirar,
mas não esse silêncio, não esse vazio de palavras e emoções, não essa ausência.

Se ao menos você tivesse dito algo, uma palavra que fosse. E não foi por falta de espera, eu esperei, esperei por semanas, criei prazos intermináveis. Até que cansei de esperar, estava me fazendo mal, estava me machucando sentir tudo isso sozinha.

Eu tive que desistir, não porque eu não quis, mas por não querer afunda no barco que você me deixou sozinha,  foi questão de sobrevivência. Precisava do seu apoio.

Desisti, não por não querer mais. Eu só não tinha mais como alimentar esse sentimento.

É do mesmo jeito que tudo começou que tudo termina.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Espalhe amor.

O que me encanta no não desistir, são as chances, são as portas que abrimos cada vez que não nos limitamos, que não travamos.
É ir contra a mágoa que quer tomar conta, lutar com o orgulho, lutar com a decepção que insiste querer ser maior que tudo.

Me encanta as chances que damos ao erro de se tornar acerto.
Chance de conhecer melhor o outro e se fazer conhecer. De não desacreditar, de não deixar de ter fé, de não sufocar.

Chance maior que não damos a ninguém, e sim a uma coisa, o amor. A oportunidade de nascer quantas vezes for necessária, com a intensidade improvável, atemporal.


Porque o que realmente importa, é não desistir de amar! 

segunda-feira, 12 de março de 2012

"Ele pode pensar em você...

...Todos os dias. E ainda sim, preferir o silêncio." CFA


Caio Fernando bem que podia estar vivo para me explicar o que ele quis dizer com isso. Para me explicar como isso pode ser possível.Como se pode pensar em alguém e não falar nada? 

Como viver indiferente a esse pensamento?

Quando se pensa em alguém, é porque de alguma forma essa pessoa te chama atenção, é porque ela te inclina a refletir sobre alguma coisa. Se pensa, é porque tem algum nível de importância para você.

E como se calar diante de algo que está latente?

Queremos ser ouvidos, e entendidos. Para o ódio ou para o amor, precisamos extravasar.

As coisas se perdem no silêncio, o vazio toma conta dos espaços que não existem palavras, onde não há diálogo existe vaga para pensamentos isolados. Mas Caio também já adverte: "
O que é verdadeiro volta, e quem tem que ficar fica." 

Então, já não se pode permitir espaços para pensamentos isolados, para conclusões precipitadas. 
Acredito nas diferenças e as respeito, só não entendo o silêncio.

Ainda assim, não entendo como se pensa e se cala, concomitantemente.


segunda-feira, 5 de março de 2012

O sumiço.

Existem tantos argumentos para a indiferença, tantas respostas para o "porque ele não ligou?", mas acho essas receitas tão clichês.
Quem sabe responder sobre o íntimo de cada um? 


É radicalismo afirmar que se não ligou é porque não quer. Existem motivos reais atrás de cada ligação inexistente, para mensagens não respondidas, para o dia sem notícias.

Em cada história, uma versão. A cada pessoa, um coração.
E assim, agimos de formas diferentes, diariamente.


Cabe a você, quase que unicamente, se questionar o que é válido ou não. Buscar em outros respostas que só o seu coração sabe dar é perda de tempo. 


E se, de repente, sua escolha futuramente se mostrar errônea, esqueça! 


Ao menos a escolha foi sua.


E o aprendizado também.

sábado, 3 de março de 2012

Nothing helps but time.

Quanto tempo uma ferida demora pra cicatrizar? Quanto se demora pra esquecer um amor?

E encontrar outro? Na verdade, quanto tempo demora pra ser amor?

Tempo é algo tão relativo, é algo que parece resolver as dores.

Mas, quanto tempo demora um mês para passar? E seis deles?

Enquanto o tempo passa, eu me recordo do som da sua voz, da sua risada, do jeito manso que fala, das promessas e planos, da primeira e última ligação do dia, das conversas sobre prazeres em comum, dos carinhos quase secretos, do beijo da despedida, da rosa, da sua forma de me olhar enquanto estou distraída com alguma bobagem.

Eu me lembro de você e daqueles dias de setembro.

E é por lembrar que vejo que isso está levando tempo demais.

Já não me serve ficar parada por horas lembrando e olhando fotos, já não serve esperar sms que não vai chegar, o celular que não vai tocar, não adianta mais esperar você. E você faz falta.

Mas eu não remo sozinha, do contrário andarei em círculos. Preciso que reme comigo. E você parece não querer.


Porque no fundo, algumas coisas para ter um fim, só precisam de alguém que diga que acabou.  Mas quem vai dizer isso?


O que de fato sei, é que o tempo pode passar bastante que eu ainda permanecerei olhando as fotos, as mensagens recebidas, permanecerei lembrando os planos e pensando em como seria caso se concretizassem, continuarei sendo emoção mesmo quando a razão provar estar certa. Eu continuarei pensando em você.

Até quando?

Ah, isso só o tempo vai dizer.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Frio.

Hoje senti frio, um frio diferente de todos que havia sentido.
Um frio que travava as articulações, que me fazia tremer por dentro.

Não era um frio normal, 
era temperatura corpórea baixa da falta de um pouco de você.


Era algo como sentir meu coração congelando,
vendo minha capacidade de amar ser destruída.

Era uma tentativa inútil de manter a chama acesa, 
de me aquecer pensando em você.

Um frio que me desabava, que limitava meus movimentos.

Então, me agasalhei com o que tinha de mais precioso,
me agasalhei com a única coisa que me aquecia,
com o que não me limita:
Minha fé!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Uma arte.


Não é tão difícil dominar a arte de perder;
tanta coisa parece preenchida pela intenção de ser perdida
que sua perda não é nenhum desastre.
Perca alguma coisa todo dia. Aceite a novela das chaves perdidas,
a hora desperdiçada, aprender a arte de perder não é nada.
Exercite-se perdendo mais, mais rápido:
lugares, e nomes e... para onde mesmo você ia viajar?
Nenhum desastre...
Perdi o relógio de minha mãe. E olha, minha última eminha penúltima casas ficaram para trás.Não é difícil dominar a arte de perder.
Perdi duas cidades, adoráveis. E, mais ainda, alguns domínios,
propriedades, dois rios, um continente.
Sinto sua falta, mas não foi um desastre.
Até mesmo perder você (a voz gozada, o gesto que
eu amava) eu não posso mentir. É claro que não é tão difícil dominar
a arte de perder apesar de parecer (pode Escrever!) desastre.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Ciranda.

Entrei na ciranda e comecei a dançar, aprendendo novos passos, mas vi que meu ritmo era diferente. Não entendeu?

A gente se envolve, acha que pode tentar algo novo e se apaixona.

Nesse jogo de negar o que sinto, havia algo mudando. Eu já não era mais a mesma, nem o que eu sentia. Tudo que eu havia renegado vivenciar outra vez, repito agora.

Sinto falta da sua ligação, me sinto segura quando ouço sua voz,
me sinto sozinha quando você não tá presente, não penso em outra coisa que não você.

Eu sabia dos meus riscos, conhecia minhas fraquezas e inseguranças, por isso relutei. Mas me diz, como resistir a você?

Agora me resta tentar recobrar a consciência, só me resta entender que nem sempre vou te ter e por isso tenho que aprender a viver todo dia sem você.


Mas Antoine de Saint-Exupéry já havia me dito:
" A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar..."

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sempre Caio.


Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.
. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Elemento.

A tarde inteira olhando para a folha em branco, tentando colocar pra fora tudo que esmaga por dentro.
Mas eu não consigo, não dá pra entender.
Com tanto pensamento, tanto sentimento e nenhuma palavra. Nada que explique, que dê nome.
Eu queria saber ser indiferente, eu queria saber ser forte e fingir que não noto, que não está acontecendo nada.
Eu não sei ser assim, talvez seja por essa mania de querer resolver tudo, de ter sob controle.
Essa mania de achar que posso fazer diferente, que posso mudar simplesmente se soubesse o que estava acontecendo.
Então, dá vontade de jogar tudo pro alto. Parar de me torturar tentando buscar explicação para algo que não existe ou mereça ser explicado.
Mas eu também não sei desistir. Eu não quero.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Semente.

Sempre soube que sentimento requer cuidado, mas não imaginava que teria que ser algo tão constante. 
Uma vez plantada, a semente tem que ser zelada todo dia, regada com todo carinho, retirado as ervas daninhas para que assim, possa se aproveitar dos frutos, para que se desfrute do melhor que é oferecido.


Quando não cuidamos da semente que acreditamos nos pertencer, certamente ela morrerá.


-Ou talvez, aparecerá outro que faça isso por você.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quindins na portaria.

Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los, sabendo que nada interromperei do lado de lá.
Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade.
Dizemos pelo computador coisas que, face a face, seriam mais trabalhosas.
Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo?
Nem se discute que o encontro é sagrado.
Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios.
Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela.
Quando mando flores, vou junto com o cartão.
Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes.  Também é estar junto.

Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço.