domingo, 29 de julho de 2012

Era uma vez...

Sabe quando seu coração fica bem pequenino sem motivo nenhum aparente?
E então, você sabe que você não é assim, você não costuma se entristecer a toa. É nesse momento que você busca motivos para o óbvio: Entre despedidas, ausências e partidas, você lembra que há um vazio que nada nem ninguém preenche. Há um vazio que nessa data completa 7 anos e 7 meses.
As palavras somem, os olhos ficam cheios de lágrima. Você perde o chão. E começa a escrever.

Você não, eu. Porque eu falo de mim no dia de hoje, falo do Dani e da sua ausência.

Porque depois de tanto tempo, ainda parece que foi ontem. É tão recente. É tão incompleto. É tão sem brilho.

Sem o brilho dos seus olhos, sem o som da sua risada, sem suas piadas que eram o motivo das minhas, sem sua amizade. Sem você. Tão sem você, tão sem cor.

E sem você é tudo pela metade. Falta algo que ninguém me proporciona. Falta algo que eu só encontro quando me lanço em adoração, é quando me sinto mais perto de você.

É quando eu encontro aconchego, quando encontro seu carinho, sua irmandade, seu afeto. Quando me encontro em você.

Ainda sou tão humana, tão fraca, tão pequena para entender as grandezas dos nossos destinos. Sou tão pequena para aprender a ficar sem você, a entender que não posso ficar esperando que você ou eu, esteja em cada vitória ou derrota, minha ou sua. Sou tão pequena quanto o dia em que você me deixou. Sou tão pequena quanto a fração de segundos que tive para me despedir. Sou tão pequena quanto a quantidade de ar que respiro enquanto escrevo. Tão pequena quanto o momentâneo ânimo.

De grande, a saudade. E as recordações de momentos bons. E o tamanho do meu sorriso quando falo sobre você.  E a aceleração do meu coração quando fecho os olhos e te vejo. Mas grande, grande mesmo, só o meu amor por você.

Ainda que você tenha partido sem mim, ainda que as providências tenham nos afastado, eu sei que você está bem, povoando tantos outros jardins. O amor espera. O amor entende. O amor supera. O amor crê.

E eu acredito tanto.
Acredito que aquela batida na porta podia ter sido você, mas faz tanto tempo desde a sua ida. De repente, como num piscar de olhos tudo acabou. Ano após ano eu encontro sinais da sua partida.

Sete anos e sete meses e eu não pensei em nada que não fosse o desejo da sua presença. Não pensei em nada que não fosse uma forma de controlar esse sentimento, porque você já se foi.

Nunca haverá ninguém como você.

Para você, toda minha saudade e meu amor de sempre; Porque sim, eu sei que um dia vou te encontrar eternamente.


"Cada simples pensamento meu é uma medida
Que há tempos decidiu te amar sem reservas
Tudo o que tenho de valor, são as minhas memórias
Se elas partissem, eu partiria em dois"  

Ainda olho para o céu quando estou triste, ainda te enxergo nas estrelas, meu moranguinho.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Profissional.

Agora ficou mais fácil de entender, agora tudo faz sentido... eu descobri que você é um boboca profissional.

Você tem o hábito nada saudável de desperdiçar chances de ser feliz, de jogar fora pessoas que te querem bem.
Costuma fingir ser algo que não é, de se mostrar alguém bom, fingir ser verdadeiro e claro.

É profissional na arte de seduzir, de jogar com sentimentos, de ser uma farsa, de saber ser várias pessoas em um só. Sabe dissimular, se mostrar frágil.

Sabe também ser gentil, cavalheiro e atencioso, apenas para obter o que quer.
Só não sabe - ainda - que quem está perdendo é você.


Mas eu, eu sei bem... sei que nessa sua "profissão-boboca" não fui a primeira, fui apenas mais uma.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

(I)Maturidade

Fico pensando - e me divertindo - na capacidade que alguns homens possuem de se enxergarem mais espertos que o mundo inteiro, a prepotência é tanta que imaginam que são capazes de tudo sem ser descobertos, só não imaginam o quanto se passam por bobos, o quanto a maturidade passa longe de suas atitudes.
Faço parte do grupo de mulheres sensíveis, românticas, ansiosas e extremamente impulsivas... Mas nem a minha impulsividade me faz reagir diante de um homem boboca, é perder tempo!
É tão mais cômodo deixar as coisas como estão, assim, achando que não sabemos de nada, e no final, só manipulando o que eles podem ou não saber que sabemos, que sentimos, que fazemos e que queremos. Desse jeito assim, ignorando tudo que falam, partindo para outra deixando com que pense que um dia você se apaixonou por ele, pensando que nem desconfia que ele é uma criança insegura que não tem coragem de se entregar ao real sentir. Deixando ele achar que te fez de trouxa, deixando achar que ele ganhou.
Bobinho.
Até podia destruí-lo, há poder para isso. Mas não, porque o coração é bom demais para desejar o mal, lamento apenas pensar quantas poucas conseguirão passar ilesas por ele da forma como passei.
No final de tudo, estou só acumulando energia para usá-la apenas para o dia da inauguração da creche que fundarei para todos os meus ex-namorados.

Porque você, ah... você foi só mais um achando que meu coração era um picadeiro.



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para pensar.

Venho passado por um situação de, digamos, revolta.
Ando indignada com a importância que as pessoas dão a cuidar da vida dos outros. Inconformada com a falta de respeito, com a hipocrisia e falso moralismo.
Me irrita ver as pessoas criticando atitudes que só precisam de uma oportunidade para fazer igual; O julgamento sem base alguma, apenas com a intenção de denegrir a imagem do outro afim de se sobressair. Me irrita o desprezo com a forma de vida escolhida por alguns.

Sabe, se de repente cada um cuidasse de fazer igual a tantos outros, a viver sem reservas, assumindo a consequência de suas escolhas. Afinal, os benefícios e malefícios pertencem a quem os escolheu, não há motivo para sua preocupação.

No fundo, cabe a cada um escolher como deve e quer viver.
Abra mão dessa mentalidade pequena, tão apegada a mínimos valores. Seja livre.

Pare de me julgar e vá ser feliz, como eu sou!