As vezes me pego pensando em como tudo seria mais simples se existisse um manual, algo que diferenciasse os que querem, dos que não querem.
Os que fingem, dos que sentem.
Os que são de verdade, dos que são de mentira.
Os que valem a pena e os de dar pena.
Os culpados, dos que fazem com que nos sintamos assim.
Diferenciar o eterno dos passageiros.
Algo que fizesse com que o sofrimento fosse evitado, a mágoa não perturbasse, a cicatriz não existisse. Algo que fizesse com que pudéssemos encarar com leveza os amores rápidos, que fizesse com aproveitássemos as paixões momentâneas, sem cobranças ou agitações.
Algo que nos deixasse livres.
Mas então, tudo perderia a graça. As entregas não seriam tão espontâneas, os amores não seriam mais tão eternos, as paixões não seriam arrebatadoras, deixaríamos de viver tantos momentos bons.
E pior, os aprendizados não existiriam.
O que vale mesmo é dar a cara para bater, e entender que não se podem fazer planos quando se há sentimentos.
Descobrir que mesmo quando se perde, ganha.