quinta-feira, 29 de julho de 2010

Daniel.

Ontem eu estava assistindo "Um Amor pra Recordar" e você não saiu da minha cabeça. Você que eu conheci com 3 aninhos, aquele que sabia tudo sobre mim, todos os meus segredos de criança, você era o meu melhor amigo e de tanta amizade veio o amor. Amor esse que não sai do meu peito, amor que me faz ter saudade, amor que faz com minha perda pareça ser maior do que a dos outros.
Você me deixou tão cedo, com apenas 11 anos, e eu com 12, faltando uma semana para seu aniversário. Sua partida foi tão prematura que mal deu para viver esse amor, não tive tempo de deixar que esse sentimento se tornasse coisa de gente grande. Lembro com clareza daquela manhã, o pior dia da minha vida. Porém, com mais clareza ainda eu me recordo da nossa formatura do ABC, do nosso beijinho de criança, do pega-pega, das guerras de piriquiti, e uma lembrança muito presente que faz meu coração sorrir é de quando ao descer a escada na hora da saída no colégio você grita do alto: "Eu te amo, meu moranguinho! Eu te amo!"

Hoje, após 5 anos e 6 meses da sua partida, o meu coração não deixa de acelerar quando ouço seu nome, o desejo de dançar valsa contigo permanece, e a certeza que você está me protegendo alimenta minha fé quando olho pro céu e vejo você na estrela que mais brilha.
Eu sei que você está bem, e espero o dia que vou vê-lo de novo.
Pois você é como o vento, eu não te vejo, mas te sinto.

Pra você, o meu eterno amor: Eu te amo, meu moranguinho! Eu te amo...

domingo, 25 de julho de 2010

Estava pensando no que postar hoje, remexendo nas minhas anotações encontrei um texto antigo meu e acho que é melhor publicá-lo à falar qualquer outra coisa hoje. Estou entre a saudade, a felicidade e ansiedade. E porque não os três de uma vez só? Enfim, eis que segue o texto:

Tem noção do que é você olhar para trás e não conseguir sentir saudade de nada? De não ter o que sentir, como sentir, nenhum cheiro, nenhuma voz, nenhuma lembrança boa? Você saber o que é o tempo arrancar de você as coisas que você ainda sentia prazer de lembrar e te deixar apenas a imagem da última vez, do pior momento que podia ter existido? Vontade de morrer, e ter medo das consequências que essa vontade pode trazer? Todos dizem que vai passar, mas como confiar nisso se a vida vem mostrando o contrário. Até quando quando se conformar e acredita que o que acontece hoje mais tarde terá justificativa? Eu quero, eu preciso de um motivo para viver. Eu quero me apaixonar, e não falo de homem e mulher, quero me apaixonar pela vida, de querer viver, de ter um propósito. Eu sei, não é o final do mundo. Mas quer saber? É assim que me sinto. Como se o mundo tivesse acabado. E não adianta vir me dizer que é uma fase, porque não é. As vezes até penso que está melhorando, mas de repente, parece até que sabiam que eu estava bem e lá vem a rasteira. Com licença, eu quero ser feliz, posso? Posso gargalhar sem motivo? Posso ter motivo para me levantar da cama? Porque eu quero tudo isso! E pior, sabe de quem depende para se ter tudo isso? De mim. E é isso que mais me mata. Saber que a felicidade está nas minhas mãos e eu não faço nada. Ou melhor, eu não sei o que fazer. Ele bagunça minha vida quando o que mais busco é paz. Eu quero paz, quero viver em paz.


No dia 24/4/2009

terça-feira, 20 de julho de 2010

Bom, eu não queria deixar mais um dia sem nada então resolvi postar um texto que vai refletir mais ou menos o que eu estou pensando agora.. Vou publicá-lo de forma adaptada:

Mas acabou. Não assim, da noite pro dia, mas acabou. As coisas foram acontecendo, a gente se acostumou e por muito pouco não se detestou. E eu não fui a falsa, mentirosa e egoísta por isso. Há quem duvide do amor que eu senti, e talvez ainda sinta, mas amei e sofri demais quando acabou. Mas, infelizmente, relacionamentos se desgastam, isso é fato. Acho bem pior empurrar com a barriga, achando que amanhã o amor vai nascer de novo de uma forma diferente, que ele vai mudar e vocês vão ser felizes para sempre. Pior mesmo é ficar junto só porque ele chora bonitinho dizendo que te ama quando você diz que não quer mais. O choro por até ser bonitinho, mas a infidelidade e falta de lealdade não deve ser tão bonita assim. Pior é ficar por pena e medo de se arrepender. Não há porque temer o arrependimento. Vai doer, eu sei. Me doeu muito. Você vai sentir saudades, como eu ainda sinto. E em certos momentos vai pensar que fez a escolha errada, que ele era o seu homem, que você jogou o amor da sua vida fora. Mas vai passar, como tudo na vida passa. Eu garanto. Você vai descobrir que o amor pode acontecer mais vezes em uma vida. Vai amar muito até chegar ao seu amor definitivo. Então, quando encontrar a pessoa certa, vai ver que todos aqueles amores passados foram apenas pontes que serviram para te encaminhar para o teu verdadeiro lugar. Para o seu verdadeiro amor.


Beijos.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Evolução.

Ainda não decidi se vou ou não publicar esse meu cantinho, mas de certo que eu não vou deixar de passar aqui e falar do que eu estou pensando. Hoje foi o dia de dar uma caprichada no design, de imediato fui procurar a imagem que representaria esse blog, segui o conselho da Guiga e coloquei uma borboleta. Além de ser linda, ela tem um significado muito especial: Representa a Evolução.
No caso próprio da borboleta, significa a passagem dos estágios da vida, onde ela passa do ovo, lagarta, casulo e enfim se transforma em borboleta. Esse processo dura em torno de 60 e 140s. Para mim, essa evolução foi muito mais lenta e consequentemente mais dolorosa. Após todo aquele processo de perda, vem a fase da evolução. Onde nos desapegamos do passado e nos lançamos ao que está na nossa frente. Há várias maneiras de se evoluir, e eu não sei ao certo como classificar cada uma. Sei que o meu processo começou com a conversão: Eu deixei de ser menina, e comecei a ser mulher. Eu aprendi a ter minha opinião, passei a ser aquilo que eu gostava de ser. Prestem atenção naquelas pessoas que dizem que te amam e impedem a sua evolução, te impedem de crescer, de se transformar em borboleta e voar. Para nos, seres humanos, esse processo ganha outras nomeações, como amadurecer. E para isso, não há data certa, não há idade... As perdas te fazem amadurecer mais cedo, as quedas nos fazem levantar. Afinal ninguém pode permanecer no chão para sempre. Ninguém, ouviram?
Certa vez ouvi uma palestra que falava o seguinte:
" Cuidado com os amores passageiros, eles costumam deixar marcas que não passam; Cuidado com os invasores do seu corpo, eles não costumam voltar para consertar a desordem; Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar, eles costumam lhe fazer esquecer que você vale a pena; Cuidado com as palavras mentirosas que espalham por ai, elas costumam estragar o nosso referencial de verdade; Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar dos seus defeitos, elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo."


Não se preocupe com o que as pessoas pensam ao seu respeito, se preocupe com isso no dia que for causa de salvação. Não podemos ser prisioneiros do que os outros querem que sejamos, seja aquilo que você quer ser. Frequente os lugares que você gosta, leia os livros que te trazem algo de bom, escreva um livro, só se permita fazer aquilo que você quer. Nunca é tarde para evoluir, não desanime de você! Não coloque um ponto final nas suas esperanças, não abandone seus sonhos, ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar e amar nessa vida. Os sonhos não envelhecem, vá em frente, sorriso no rosto. Não fique parado, dê o passo adiante, saia desse casulo e bata asas. Voe para longe, mire o alto e siga seu caminho.

-Evolua!

Com amor.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Perdas.

Após tanto tempo de idéias, pesquisas e temáticas alteradas eu chego a um denominador comum... Como de praxe eu devia começar me apresentando, falando o objetivo do blog, dizer que estou começando e que não reparem na falta de prática. Mas eu não gosto de padrões e tenho muito mais a falar agora, deixo as apresentações pra depois; Até porque, não tenho certeza se quero que isso vá adiante, se vou mesmo publicar isso aqui. Vamos ao que interessa, ou melhor, ao maior motivo para eu ter começado... as perdas.


Falar de perda é trazer lembranças que machucam, é resgatar algo que de repente nos trás dor, mas que precisamos saber lidar. Ninguém gosta de perder, pode ser a chave de casa, uma caneta, dinheiro, ou alguém.
O difícil é esse, lidar com as perdas... esse é o desafio.
Nesse momento nenhuma palavra conforta, nenhum conselho parece ser útil, ninguém parece entender a sua dor, surgem vários ditados, várias frases feitas e nada que console. O nosso primeiro passo é entender que perdemos para ganhar, passei por diversas situações de perda e entendi que sempre sai ganhando: Quando perdi um amor, ganhei experiência; Quando perdi um grande amigo para a morte, ganhei fé e força; Quando me perdi, achei Deus; Quando perdi a voz, achei a paz que eu sempre quis; Na nossa cultura onde só é valorizado aquele que é feliz e tem sucesso, a morte é um tabu... pouco se fala dela, pouco se ouve, se estamos chorando querem que nos fazer parar de chorar. Eu afirmo: Chore, chore até não aguentar mais, chore até seus olhos ficarem pesados e você ser obrigada a dormir, e quando acordar chorar de novo, chore até não ter mais lágrimas e assim, cicatrize a ferida que foi aberta. Tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, temos que aprender a enxergar o lado bom de tudo. Não digo que é fácil, nem rápido. Mas não podemos parar! Saia com os amigos, faça outros amigos, aprenda a gostar da sua companhia, goste do silêncio, escreva, aumente o volume do som, faça o que você mais gosta de fazer, se descubra novamente e se ame! Só podemos dar aos outros aquilo que possuímos!

Falarei mais sobre perdas um outro dia, e como ela vem reaparecendo na minha vida.

Só posso dizer que há esperança para o ferido e que por mais que a árvore esteja seca, ela pode florir novamente.