Após tanto tempo de idéias, pesquisas e temáticas alteradas eu chego a um denominador comum... Como de praxe eu devia começar me apresentando, falando o objetivo do blog, dizer que estou começando e que não reparem na falta de prática. Mas eu não gosto de padrões e tenho muito mais a falar agora, deixo as apresentações pra depois; Até porque, não tenho certeza se quero que isso vá adiante, se vou mesmo publicar isso aqui. Vamos ao que interessa, ou melhor, ao maior motivo para eu ter começado... as perdas.
Falar de perda é trazer lembranças que machucam, é resgatar algo que de repente nos trás dor, mas que precisamos saber lidar. Ninguém gosta de perder, pode ser a chave de casa, uma caneta, dinheiro, ou alguém.
O difícil é esse, lidar com as perdas... esse é o desafio.
Nesse momento nenhuma palavra conforta, nenhum conselho parece ser útil, ninguém parece entender a sua dor, surgem vários ditados, várias frases feitas e nada que console. O nosso primeiro passo é entender que perdemos para ganhar, passei por diversas situações de perda e entendi que sempre sai ganhando: Quando perdi um amor, ganhei experiência; Quando perdi um grande amigo para a morte, ganhei fé e força; Quando me perdi, achei Deus; Quando perdi a voz, achei a paz que eu sempre quis; Na nossa cultura onde só é valorizado aquele que é feliz e tem sucesso, a morte é um tabu... pouco se fala dela, pouco se ouve, se estamos chorando querem que nos fazer parar de chorar. Eu afirmo: Chore, chore até não aguentar mais, chore até seus olhos ficarem pesados e você ser obrigada a dormir, e quando acordar chorar de novo, chore até não ter mais lágrimas e assim, cicatrize a ferida que foi aberta. Tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, temos que aprender a enxergar o lado bom de tudo. Não digo que é fácil, nem rápido. Mas não podemos parar! Saia com os amigos, faça outros amigos, aprenda a gostar da sua companhia, goste do silêncio, escreva, aumente o volume do som, faça o que você mais gosta de fazer, se descubra novamente e se ame! Só podemos dar aos outros aquilo que possuímos!
Falarei mais sobre perdas um outro dia, e como ela vem reaparecendo na minha vida.
Só posso dizer que há esperança para o ferido e que por mais que a árvore esteja seca, ela pode florir novamente.