quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sem você.

É impressionante como certas feridas não param de doer, como ficam lá sem ao menos mostrar um sinal de cicatrização. Tenho uma dor no peito que não passa, que não há remédio que cure nem felicidade que faça esquecer. E dói ainda mais, quando o passado se faz presente, quando as lembranças voltam para afogar o coração em lágrimas. Tento me afastar das recordações, tirar do meu dia-a-dia tudo que me faz lembrar, mas não dá, sempre aparece algo que me faz ter vontade de morrer também. Me sinto como se não tivesse fé, não sou a única pessoa do mundo que perdeu alguém querido, sei que devia me conformar. Mas como? Eu cresci sem você, Daniel. Eu não te vi crescer, nem nunca vou poder te ver crescido. O que eu sei, e posso ver todos os dias, é que eu te amo.


6 anos sem você, Daniel.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mais um.

Sabe aquela história de que sofrimento não é ruim e que nos ensina? Acho bobagem.
O amor é que nos ensina, o amor que nos mostra verdades; Sofrer é falta disso.
O amor nos dá fé, nos dá ânimo e estímulo, por mais difícil que seja o amor nos dá força.
Sofrer nos faz perder o chão, nos deixa sem rumo e desacreditado.
Sofrer pode até deixar marcas que nos mostram que somos falhos;
Mas não nos ensina...
Porque lá vem o amor e trás a vontade de fazer tudo de novo.

Pra você, muito amor.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Noite insone.

É quando os piores sentimentos aparecem, a hora do pesadelo ainda acordada.

Rasgar ou não todas aquelas cartas, olhar fotos, procurar culpado, descobrir se era ou não amor.
Pensar onde errou, o que podia ser feito de forma diferente e quanto foi feliz o tempo que passaram juntos.
Tentar apagar tudo da memória e dormir.
Mas parece que o sono se escondeu no mesmo lugar que todo esse sentimento devia estar.
O pensamento vagueia entre o presente e o passado.  E tudo que você quer é não lembrar.
Não lembrar das brigas que tiveram, de quantas vezes você pediu desculpa e queria que ele fizesse o mesmo, dos beijos, do jeito manhoso que ele olhava quando queria carinho;
E assim, dormir tranquilamente sem que nada atrapalhe seu sono.
Já está tarde, falta pouco para o sol nascer. Depois de virar e revirar na cama, ser inundada por recordações, está cansada. Os olhos não agüentam mais e se fecham.

Você dorme. E sonha. Com ele.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Não é pra você.


Você pode até achar, mas não é pra você.
Aquele sorriso que você tanto gostava, não é pra você.
Quando eu paro e me pego pensando em alguém, não é em você.
Não é pra você que eu tenho vontade de ligar, não é de você que eu sinto saudade.
Não é pra você que eu me arrumo, não é contigo que eu quero sair e andar de mãos dadas.
Eu não quero estar perto de você,
Esse texto não é para você.
E não sei se algum dia foi.