quinta-feira, 23 de março de 2017

Fiz 25.

Sobre sentir nas costas o peso de insistir: dancei.
Eu não costumo me expor nem falar de modo tão pessoal, deixo aqui sempre a minha parte romântica. A que compartilha sempre o amor.
Mas hoje é um daqueles dias em que você percebe que o aprendizado não pode ficar só para você, mesmo que se sinta falando sozinha.

Fazer 25 anos foi bem difícil pra mim, eu queria estar planejando meu casamento e não preocupada se vai dar pra me formar em dois anos. Eu queria tá pagando meu apartamento e fazendo lista de convidados pro casamento em dois anos.

Com 25 anos eu não pensei que as pessoas que me fizeram mal na adolescência estariam estagnadas no passado e tentariam fazer o mesmo na vida adulta.
Eu não pensei que conservariam a maldade e a inveja, logo eu que nunca entendi em que as pessoas podiam me invejar.
Com 25 anos eu pensei que estaria segura e madura pra enfrentar as durezas da vida, mas me pego chorando todas as noites sem saber lidar com tantas responsabilidades e conflitos internos.
Eu pensei que teria achado meu lugar no mundo, minha pessoa no mundo, que encontraria dentro de um abraço um abrigo e que não sofreria por amor.

Pensei que só cruzaria na minha vida pessoas maduras e decididas, responsáveis consigo e com os outros, que me acrescentassem como pessoa, não as que roubassem quem eu sou. Que me tirasse o brilho dos olhos.

Eu mudei muito nos últimos anos, mas não para o que eu queria mudar. Eu queria ter me tornado uma mulher forte e não essa com tantas crises de auto estima. Que deixa que as opiniões alheias formem quem eu vejo no reflexo. Queria ser segura e não deixar ninguém me tratar da forma que não mereço.

Eu queria não me culpar por amar tanto, saber levantar a cabeça e seguir em frente mesmo após um "não".

Eu achava que quem mais se doava era que mais recebia. Que o amor era a maior coisa do mundo. Que pessoas boas não sofriam. Que amizades eram pra sempre.
Me deparei com amores não correspondidos e pessoas com data marcada para sair da minha vida.

Hoje só penso em sair daqui, me afastar de tudo que me prende ao passado e me faz ser quem eu não quero ser. Que me tira o chão e o juízo. Desenvolvi uma ansiedade que me perturba, tira o sono e me afasta da realidade. Essa taquicardia e sensação de que estão te julgando o tempo inteiro, necessidade de me explicar. É tão pesado nunca estar tranquila.

Muitas vezes não quero ficar sozinha, tenho medo dos meus constantes pensamentos. Mas não consigo ficar acompanhada, me sinto pesada ao lado de outras pessoas. São milhões de pensamentos em frações de segundos, e depois o arrependimento. Eu não quero mais ser isso.

Pensei que mesmo depois de tantas quedas eu teria aprendido a desistir, a deixar ir o que não me pertence e abrir espaço pro novo. Mas permaneci insistindo, permaneci lutando lutas em vão, gastando energia com coisas que não valiam a pena.

Esse texto é para dizer que decidi mudar. Mudar minha rotina, meus objetivos e minha forma de enxergar o mundo e o mundo me enxergar. Mudar não significa que agora eu vou amar menos, mas sim que vou amar as coisas certas. E até dançar, mas dessa vez eu que vou escolher a música ❤️